Os filhos de Teresa e Antônio, o Papa João Paulo II


    

     Eu, a filha caçula dos sete filhos, lembro das brincadeiras improvisadas com latas de leite (colocávamos areia dentro, com furos nas extremidades, amarrávamos arame passando por dentro da lata e saindo nesses furos, que sendo puxadas, pareciam carrinhos). Ou das caixas de ovos que virávamos de ponta cabeça, escrevíamos nos fundo da caixa o alfabeto e ela virava nossa máquina de datilografar (se fosse hoje seria um celular).

Em 1980 o Papa João Paulo II veio ao Brasil e não tenho certeza se veio mesmo para Curitiba, mas na minha lembrança (de 3 anos de idade) ele passou próximo da nossa casa, então, meu irmão Márcio depois desse dia, só brincava de Papa, ele colocava uma bola murcha na cabeça e subia em cima do carrinho de mão e dizia que estava no seu Papamóvel e ficava acenando para mim.

Lembro também, que tínhamos uma bacia grande de alumínio, já era velha, lixo, pois estava furada. Nós colocamos chicletes mascados nos furos, para consertar, subíamos naquela bacia, que era nosso barco e íamos brincar na poça d’água. Teve uma vez que tinha um sapo se aproximando do nosso “barco” e então saímos às pressas gritando: “abandonar navio, tubarão à vista!”

Quando meu irmão Marcos, começou a trabalhar numa casa de lanches que fazia os lanches para aviões e também recolhia esses “lixos” dos aviões (os alimentos rejeitados pelos passageiros) foi o período de abundância na minha vida.

Ele sempre trazia aquelas maletinhas que sobravam nos voos Varig/Vasp  e sempre vinham cheias de guloseimas (bolinhos, geleias Polenguinho e tinha até um chocolate de menta). Foi uma época  inesquecível, pois além das comidas, ainda recebia as maletinhas que serviam de brinquedo (era o meu McLanche Feliz).




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