PARTE I A História, A Torre do Tombo


    Desde muito pequena me interessei por história, principalmente pela história dos meus antepassados. Lembro dos meus 13 anos, com caderno e caneta nas mãos, anotando nomes dos ancestrais que meu avô Pedro lembrava. Ele, sentado na varanda de sua casa, com uma cuia de chimarrão nas mãos.

Essa foi minha primeira tentativa de fazer minha árvore genealógica. Meu avô não tinha muitos nomes, não lembrava e também não sabia de muitos, mas foi através dele que pude ter a base pro meu estudo. 

Anos depois, minha mãe foi a inspiração, queria fazer uma árvore genealógica para que ela pudesse conhecer um pouco sobre a história de sua família. Este seria um presente para o seu  aniversário de 80 anos. 

Comecei pelo básico que eu já tinha desde meus 13 anos, com as histórias contadas por meu avô, com as anotações que fiz também, na secretaria da igreja Matriz de minha cidade, foi onde também, consegui dados importantes. 

A igreja Católica detém muita informação, pois no Brasil, os registros eram todos feitos na igreja (batismos, casamentos, óbitos e até mesmo escrituras de terrenos). 

Somente a partir de 1875 é que encontramos registros Civis no Brasil. Mas ainda para os registros Civis, é possível encontrar muitos documentos disponíveis na internet, no site do FamilySearch, que é uma organização internacional sem fins lucrativos que oferece ferramentas gratuitas na busca de genealogias.

Nem sempre é possível encontrar os documentos (registros de batismo, casamento e óbito) assim, é necessário a busca por outras fontes, alguma informação que ligue à pessoa estudada (livros, revistas, etc). 

Até mesmo nos registros de batismo, casamento e óbito, quando não encontramos da pessoa que estamos buscando, é necessário buscar em algum parente próximo. Geralmente nos registros de batismo e casamento encontramos não somente os nomes dos pais, mas dos avós também. Aí podemos fazer a ligação e ir avançando na árvore genealógica. 

Pela internet consegui muita informação através de sites de genealogias e arquivos nacionais, tanto do Brasil, quanto em Portugal, um exemplo é o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal.

A história da Torre do Tombo remonta ao século 13, mas só aparece documentada em 1378, ano em que o Arquivo Real foi instalado numa das torres do Castelo de São Jorge – cujas ruínas ainda são referência na paisagem lisboeta. Essa é a origem do nome Torre do Tombo. Ali permaneceu até o terremoto de 1755. Na época, era chamada de “Torre das Escrituras”, porque guardava as memórias dos reis e do reino. Esses documentos, que fazem parte do Arquivo da Casa da Coroa, são classificados, hoje, pela Unesco como parte do registro da “Memória do Mundo”.


Em 21 de Dezembro de 1990 foi a abertura ao público do edifício do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, nas suas novas instalações na Alameda da Universidade, em Lisboa. Após o terremoto de Lisboa de 1755 a Torre do Tombo não mais deixou de ter instalações provisórias. A Portaria n.º 740-P/2012 de 20 de novembro, publicada no Diário da República de 24 de dezembro de 2012 classifica como monumento de interesse público o Edifício do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.


Caso tenha interesse, assista o vídeo abaixo, que fala sobre a Torre do Tombo. Conheça mais sobre a Torre do Tombo, o Arquivo Nacional de Portugal e os seus bastidores.


Referência:
https://antt.dglab.gov.pt/exposicoes-virtuais-2/o-edificio-da-torre-do-tombo-ja-tem-20-anos-2/

https://www.revistaplaneta.com.br/mergulho-na-torre-do-tombo/

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