PARTE I A História, Peabiru "O caminho do Sertão"


   
      E foram esses os caminhos que nossos antepassados se utilizaram, como Aleixo Garcia, em 1524, partiu de Santa Catarina com 2 mil índios carijós e usou o “sistema” para atravessar o sertão, seguindo até os Andes e chegou à província de Charcas (atual Sucre), na Bolívia, cerca de oito anos antes do desembarque de Francisco Pizarro e da conquista do Peru (1532).

    Em 1542, o espanhol Alvar Núñez Cabeza de Vaca seguiu por um desses caminhos da mata e descobriu as cataratas do Iguaçu. Durante todo o século XVI foram constantes os relatos de viagens pelo interior das matas, quer rumo aos Andes, quer em direção ao sul e ao Paraguai. 

    Em 1530, Martim Afonso de Sousa havia partido de Portugal com uma missão tríplice: combater os traficantes franceses, incrementar o povoamento do Brasil e ir em busca dos tesouros andinos, justamente usando os nem tão misteriosos (na época) caminhos da mata. Em 1531, antes de fundar São Vicente, a primeira vila portuguesa da América, organizou uma expedição comandada por Pero Lobo – a qual, no entanto, foi chacinada pelos índios guaranis, na travessia do rio Iguaçu.

    Em 1553 consta uma ordem dada pelo primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, em nome do rei de Portugal, para ser desativado o núcleo de uma suposta povoação fundada por Martim Afonso em 1532 (a Vila de Piratininga) e foi ordenado o fechamento do “caminho do sertão”, ao qual ela dava acesso, sendo proibida, sob pena de morte, sua utilização – pelo temor de que os espanhóis dele se servissem, tivessem acesso aos metais preciosos e estendessem assim sua conquista por todo o território sul-americano.

Referência:

 https://pedradoindiobotucatu.com.br/2021/07/29/a-historia-do-caminho-do-peabiru/

Abaixo, assista o vídeo feito pela TV Brasil, contando a história do Caminho do Peabiru.

Antes da chegada de Cristovão Colombo e de Pedro Alvares Cabral na América, existia uma longa e misteriosa estrada, utilizada pelos indígenas, para interligar o Oceano Atlântico ao Pacífico. Ela passava pelas terras que hoje fazem parte do Brasil, do Paraguai, da Bolívia e do Peru; cortando matas, rios, pântanos e montanhas, num percurso de aproximadamente cinco mil quilômetros. Esta estrada se chamava "Caminho de Peabiru". 

O primeiro homem branco a registrar a existência dessa trilha foi o jesuíta Pedro Lozano, no início do século dezessete, no livro história da conquista do Paraguai, Rio da Prata e Tucumán. Os estudiosos se dividem em relação as suas origens e utilidades.

 Participam deste De Lá Pra Cá: Mercio P. Gomes (antropólogo, realizou o estudo "O Caminho Brasileiro para a Cidadania Indígena", do livro História da Cidadania), Rosana Bond (jornalista e pesquisadora, autora do livro "História do Caminho de Peabiru"), Igor Chmyz (arqueólogo, na década de 1970, coordenou uma equipe da Universidade Federal do Paraná, que identificou 30 quilômetros da trilha do Caminho de Peabiru) e José R. Bessa (professor da UNI-Rio/UERJ autor do livro "Aldeamentos Indígenas do Rio de Janeiro").





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