PARTE I A História, O Caminho do Arraial


Foto Tirada por Paulo Nenevê, em São José dos Pinhais, no ano de 2.000, podemos ver a ponta de lança (em cima do saco preto no chão) provavelmente da tradição Umbu. Da esquerda da para direita: Eu, Carlos e o professor Igor. 
Tradição Umbu é a cultura material do primeiro grupo de povos indígenas possuidores de indústria lítica que habitaram a Região Sul do Brasil e áreas adjacentes em São Paulo, na Argentina e no Uruguai, ocupando-as há cerca de 12 ou 13 mil anos.
Em torno de há 2500 anos a região ocupada pela tradição Umbu passou a sofrer uma invasão a partir do norte por povos da tradição Guarani, horticultores e ceramistas oriundos da Amazônia, que eram territorialistas e defendiam agressivamente seus domínios. Sua migração pode ter se devido a mudanças ambientais. Deve ter havido enfrentamentos violentos entre as diferentes culturas, e provavelmente essa competição deve ter determinado o declínio progressivo da tradição Umbu menos sofisticada, embora também devam ter surgido formas de contato pacífico e produtivo, como sugere a aparição e crescente frequência de achados cerâmicos em sítios Umbu a partir daquela data.
Referência: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3o_Umbu
   

    Sempre tive interesse em fatos históricos, em saber sobre o passado e em busca do passado, também, já fiz trilhas históricas, querendo refazer o caminho de nossos ancestrais. Já fiz o Caminho do Itupava (ligando Curitiba ao litoral do Paraná), fiz uma parte do Caminho do Arraial (ligando São José dos Pinhais ao litoral do Paraná) e até mesmo a Trilha Inca (trilha que vai até Macchu Picchu no Peru, este último, foram 4 dias de caminhadas).


Ruínas na trilha Inca, rumo à Macchu Picchu, Peru, julho de 2000.

    Sobre o Caminho do Arraial, participei entre 2000 e 2001 da ONG Caramuru (Organização de Proteção Ambiental e Conservação), onde o objetivo foi percorrer esses caminhos históricos e tentar recuperar os trechos que ainda existiam da trilha ligando São José dos Pinhais ao litoral.

Tivemos a participação numa das idas ao Caminho do Arraial, do professor e Arqueólogo Igor Chmyz, ao qual também fui aluna no Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná, que foi um dos pioneiros da arqueologia histórica brasileira, recebeu a Medalha Mário de Andrade do IPHAN, entre outros prêmios.     Por anos liderou os trabalhos no Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas (Cepa), criado pela Universidade Federal do Paraná em 1956 por José Loureiro Fernandes, objetivando incentivar as pesquisas arqueológicas no Brasil, especificamente no Paraná, através de escavações de sítios arqueológicos.     Também participei nessas caminhadas, com a professora Maria Angélica Marochi, historiadora, autora de vários livros que contam a história de São José dos Pinhais. Cito alguns, caso lhe interesse a leitura: “Imigrantes 1870-1950: os Europeus Em São José dos Pinhais”; “Uma História de Esperança”; “História e Memória”; "Caminhando por São José dos Pinhais Paraná".



    Acima, observamos um trecho da obra de Francisco Negrão, Genealogia Paranaense, VOL I pág. 124 onde cita o Caminho do Arraial (ou Estrada do Arraial Grande) ainda sendo utilizado (provavelmente pelos exploradores iniciou-se o uso do caminho por volta de 1665).

Eu na trilha Inca, Macchu Picchu, Peru, julho de 2000.

Trilha Inca, rumo à Macchu Picchu, Peru, julho de 2000.

Integrantes da ONG Caramuru, em 2.000, trecho da trilha do Arraial, São José dos Pinhais.

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