PARTE I A História, A rede de caminhos

Caminho do Arraial, São José dos Pinhais

     Estes foram os caminhos que eu tive o privilégio de conhecer. Sabemos que tanto o Caminho do Itupava (também chamado de caminho dos jesuítas, pois estes também se utilizaram do caminho) quanto o Caminho do Arraial, faziam parte da rede de caminhos que os índios usavam. 

    Peabiru era uma rota transcontinental, muito usada por indígenas brasileiros e primitivos povos andinos (muito antes dos portugueses chegarem a estas terras). Designada em seu conjunto como “caminho” ou “sistema” do Peabiru”. 

    Sendo a rota transcontinental de toda a América do sul antes da chegada dos homens brancos. O caminho integrava o Brasil, o Paraguai, a Bolívia e o Peru, percorrendo mais de três mil quilômetros, indo do Oceano Atlântico ao Pacífico. No Paraná, formava uma rede de trilhas, motivo pelo qual alguns historiadores preferem escrever no plural: Caminhos de Peabiru.

    A primeira vez na História que o nome Peabiru foi usado data de 1873, na obra “História da conquista do Paraguai: Rio da Prata e Tucumam", pelo seu autor, o Padre Jesuíta Antônio Ruiz de Montoya. O nome Peabiru origina-se dos índios Guarani que o chamavam de o caminho de Peabeyú, que na língua Guarani significava “Caminho Antigo de ida e volta” ou “Caminho Gramado Amassado”. 

    Este caminho levava-os à Terra Sem Mal ou “Yvy Marã e’y”, permeando toda a sua vida material e espiritual. Para os índios o caminho tinha o sentido espiritual, seria algo sagrado.

    O Professor Igor Chmyz, arqueólogo que na década de 1970 coordenou uma equipe da Universidade Federal do Paraná, que identificou 30 quilômetros da trilha do Caminho de Peabiru. 





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