PARTE I A História, O massacre

 


Falarei um pouco sobre a matança no Convento de São Domingos de Lisboa, no dia 19 de abril de 1506, um domingo, quando os fiéis que rezavam pelo fim da seca e da peste em Portugal, e alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado — fenômeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias — um milagre.
Um cristão-novo que também participava da missa tentou explicar que esse milagre era apenas o reflexo de uma luz, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte. Fiéis fanáticos e ensandecidos foram incitados pelos frades dominicanos que gritavam: Heresia!
Os fiéis invadiram as casas dos judeus, que foram arrastados, homens, mulheres e crianças foram torturados, massacrados e queimados em fogueiras improvisadas no Rossio, mais precisamente junto ao largo de São Domingos.  A matança de 2.000 a 4.000 judeus durou três dias — de 19 a 21 de Abril, na Semana Santa de 1506. 
A história desse massacre, assim como de outros que ocorreram tanto em Portugal como na Espanha, não citarei em detalhes, pois não tenho a intenção de escrever sobre o terror.

        O Massacre de 1506 foi descrito e reproduzido por Damião de Góis, Alexandre Herculano, Oliveira Martins, Garcia de Resende, Salomon Ibn Verga e Samuel Usque.

Em 19 de Abril de 2008, a Câmara Municipal de Lisboa, com a colaboração das comunidades religiosas judaica e católica, inaugurou um memorial às vítimas do massacre judaico de Lisboa de 19, 20 e 21 de Abril de 1506.

Monumento em Lisboa em homenagem aos Judeus mortos no massacre de 1506. URL: https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Lisboa_de_1506

Caso tenha interessa, assista ao vídeo, abaixo, que fala sobre a Inquisição. Vídeo feito pelo Museu de Lisboa, em 31 de março de 2021 o Museu de Lisboa assinala os 200 anos da extinção da Inquisição, neste que é também o Dia Nacional da Memória das Vítimas da Inquisição.






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