PARTE II OS AÇOARIANOS EM SANTA CATARINA

 

Vista da Ilha de Santa Catarina. Ao fundo, a Vila de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. Gravura de Duché de Vancy publicada no Atlas La Pérouse, c. 1785. Domínio público

A partir de 1740, por decisão regulamentada pelo Conselho Ultramarino, a Coroa portuguesa estimulou a emigração de açorianos para ocupar e colonizar pontos estratégicos como a ilha de Santa Catarina e terras próximas do continente. As ilhas do arquipélago dos Açores apresentavam excesso de população, o que já havia ocasionado a saída de muita gente. O recrutamento de colonos nessa região foi, portanto, a solução para os açorianos e também para o governo português que precisava povoar efetivamente o sul da América.

Quatro mil famílias deveriam ser mandadas, mas esse número jamais chegou a ser atingido. No entanto, entre 1748 e 1753, um grande contingente de açorianos estabeleceu-se do litoral de Santa Catarina ao Rio Grande de São Pedro, reforçando a presença portuguesa na região. 

No final do século XVIII, quase todo o sul estava incorporado ao domínio português, predominando, no litoral, as pequenas propriedades agrícolas e, no interior, as grandes estâncias. Os açorianos reforçaram a presença portuguesa de Santa Catarina ao Prata, contribuindo para o predomínio da língua portuguesa sobre a castelhana. Com eles foram criados núcleos de resistência à expansão espanhola proveniente do Prata. Além disso, introduziram seus costumes, artesanato, hábitos, diversões e religião, fortalecendo a cultura portuguesa no Continente do Rio Grande.

Referência: 

http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/col_acoriana.html



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