PARTE II CAPÍTULO I DE JOHANN GEORGE RAUPP A SEVERO DOMINGOS RODRIGUES PENTAVÓS

Entrada ao castelo de Lichtenstein em Baden-Wurttemberg - Alemanha
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PENTAVÓS

*Johann George Raupp nasceu em 14 de abril de 1782, em Laudenbach, Mergentheim, Württemberg, Germany, casou com Apollonia Kuhn, que nasceu em 25 de fevereiro de 1784, em Laudenbach,Baden-Württemberg, Alemanha e morreu em Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. Tiveram os filhos: Johannes Raupp, Joachim Raupp, Barbara Raupp, Andreas Raupp, Kilianus Raupp, Quintiliano Raupp e *Joseph Kuhn Raupp.

O casal embarcou para o Brasil na galera Friedrich (veleiro), no porto de Bremen/Alemanha, e chegou ao Rio de Janeiro em 04/08/1826. Johann Georg Raupp tinha 44 anos, era agricultor, segundo alguns, era catador de larvas de videiras ou guarda de videiras na Alemanha, especialização importante e valorizada de técnico-agrícola para a cultura das parreiras. 

Além do irmão José Raupp com toda a sua família, com o casal no mesmo navio, vieram três dos cinco filhos: Francisco (10 anos), André (5 anos) e Quintiliano (3 anos). Os dois filhos mais velhos, Johann (19 anos) e Joseph, de idade desconhecida, provavelmente não acompanharam os pais, pois não há registro a respeito. A viagem do Rio de Janeiro para Porto Alegre foi feita com "frete a pagar", na sumaca Generosa (barco de dois mastros), iniciando em 26/08/1826 e aportando na metade de setembro. O filho Francisco morreu, talvez no percurso.

Este grupo de imigrantes constituía a décima e última leva do ano de 1826, e não foi destinado para São Leopoldo, pois não consta entre os nomes de mais de cinco mil que chegaram àquela localidade entre 1824 a 1830. De Porto Alegre foi o grupo para Torres, incluído na caravana formada por cinco iates, que saiu em novembro de 1826, comandada pelo Tenente Coronel Francisco de Paula Soares, com 422 pessoas. 

Os outros integrantes eram imigrantes que não haviam gostado das condições da Colônia de São Leopoldo. Vários morreram na viagem. O trajeto foi pelo rio Guaíba, Lagoa dos Patos, contornando Itapoã e atingindo o rio Capivari. Até esse ponto, a viagem foi sem incidentes.

Em 5 de novembro, iniciou-se o trajeto por terra, já faltando quatro carretas. Assim, algumas famílias tiveram que ficar aguardando transporte. Seguindo por Quilombo, até chegarem ao Passo de Tramandaí no dia 7 de novembro. Aí ocorreu outro contratempo: faltaram canoas e remadores para atravessar o rio; a travessia prevista para durar três dias, levou sete dias. 

A caravana seguiu pela praia até Torres, chegando no dia 17 de novembro, acampando próximo ao rio Mampituba,  mas uma enchente os obrigou a ir para a Colônia de São Pedro de Alcântara, no município, onde a família fez da agricultura sua subsistência e plantava cana-de-açúcar para a fabricação de aguardente, que era transportada em burros e depois por barcos até Conceição do Arroio (atual Osório). 

No falecimento de Joseph Raupp, o quinto filho, a família já estava dispersa; um de seus filhos, Daniel Raupp, foi sócio do "Mirim", primeiro vapor de carga e passageiros a navegar entre Palmares e Porto Alegre. Johann Raupp, o filho mais velho, foi morar em Gravataí.



Referência: 

Lista de passageiros retirada do livro “O Trabalho Alemão no Rio Grande do Sul” de Aurélio Porto, Edição de 1934

ver em Projeto Imigração Alemã: 

http://sites.rootsweb.com/~brawgw/alemanha/Projeto_imigracao_alema.htm

http://sites.rootsweb.com/~brawgw/alemanha/lista_de_passageiros.htm

“O 19º embarque foi efetuado pelo navio Friedrich, capitaneado por Hans C. Stille e tendo como comandante do transporte o Ten. Julius Mansfeld. O embarque dos passageiros foi em 23/05/1826 mas a partida deu-se em 01/06/1826 no porto de Bremen, chegando ao Rio de Janeiro no dia 04/08/1826. Trazia 238 pessoas, sendo 152 soldados com 5 esposas e 2 crianças, além de 18 colonos com 11 esposas e 44 crianças.

O transatlântico Friedrich, deixaria no porto do Rio de Janeiro, às seguintes famílias, que posteriormente chegariam a São Leopoldo:

Dietz, Engel, Ewald, Gebert, Gitter, Hiller, Kern, Kümmel, Löwe, Meyer, Orth, Raupp, Reinhardt, Ressler, Schildt, Schmidt, Schröder, Seidler e Weber”.

http://www.mluther.org.br/imigracao/relacao-veleiros.htm



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