CÔNJUGES COM ANTEPASSADOS EM COMUM SEM SABER - DE CAPITÃO MANUEL LOURENÇO DE ANDRADE A DULCE FERNANDES MAGNANI ENEAVÓS

 

Igreja da Nossa Senhora das Necessidades em Santo Antônio de Lisboa - Florianópolis, SC.
Ao redor de 1750-não se sabe ao certo as datas de início e término da construção da igreja. Sabe-se que foi construída em terras doadas por Dona Clara Manso de Avelar, filha do sargento-mor Manoel Manso de Avelar. Esta senhora era muito devota de Santo Antônio, razão pela qual o santo ganhou o trono principal da igreja e à Nossa Senhora das Necessidades foi reservado o nicho aos pés do santo de Lisboa. Daí a tradição da comunidade celebrar dois padroeiros.

ENEAVÓS

*Urbana Rodrigues Velha, nasceu aproximadamente em 1675 em São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil e morreu após 1726, em Nossa Senhora do Desterro, Santa Catarina, Brasil, foi casada com o Capitão-Mor Manoel Manso de Avelar, que nasceu em 1662 em Coina, Barreiro, Setúbal, Portugal e morreu após 1730 em Nossa Senhora do Desterro, Santa Catarina, Brasil. Tiveram os filhos: Clara Manso de Avelar, Isabel Rodrigues de Myra, Margarida de Siqueira e Avelar e *Catarina Rodrigues de Mira.

Abaixo, o casamento do neto Manoel (com mesmo nome do avô) "Aos 22 dias do mês de fevereiro de 1757 anos, na Capela de Nossa Senhora da Conceição do ...desta freguesia de manha, feitas as denunciações nesta Igreja, onde os contraentes são moradores sem descobrir impedimento algum, como consta da licença do ... Vigário... tendo presentes as testemunhas o Tenente João Batista... e Manoel Martins Valença... se casaram  solenemente por palavras de presente Manoel Manso de Avelar, natural da Ilha de Santa Catarina, Bispado do Rio de Janeiro, filho legítimo de Balthazar Soares Louzada e de sua mulher Isabel Rodrigues de Myra, neto pela parte paterna de Leonardo Rodrigues Soares, natural de Santarém e de sua mulher Feliciana de Matos, natural de Lisboa e neto pela parte materna de Manoel Manso de Avelar, natural da Vila de Coina e de sua mulher Urbana Rodrigues Velha, natural da cidade de Braga, com Ana Barbosa, natural desta vila de Curitiba, filha de Francisco de Araújo Monteiro, natural de Ponte de Lima da freguesia de Santiago..."



Referência:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-PQWV-T?mode=g

Manoel Manso de Avelar e sua família foram os componentes da segunda leva de povoadores da Ilha de Santa Catarina. Casou-se com Urbana Rodrigues Velha (irmã de Teodósia, a octavó de Antônio, meu pai). Manoel Manso de Avelar, principal morador da Ilha, veio em companhia de Salvador de Souza Brito, seu concunhado (octavô de Antônio, que era esposo de Teodósia) que teria vindo para a Ilha como seu Sargento Mor Governador.

No link que verificamos abaixo, faz a referência a  Vitor Hugo Bastos Cardoso, no qual podemos ver seu trabalho:

Referência: 
págs. 49 e 51: Vitor Hugo Bastos Cardoso - A formação social da primeira elite senhorial e política da Ilha de Santa Catarina, 1700-1730. Florianópolis 2009 -Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em História, na Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, sob a orientação da Profa  Dra  Beatriz Gallotti Mamigonian.
https://bgmamigo.paginas.ufsc.br/files/2011/02/TCC-Vitor-Hugo-Bastos-Cardoso.pdf

Abaixo, verificamos o mesmo autor, apresentando sua tese de mestrado, onde na página 81 conta a história sobre a partida de Salvador de Sousa Brito da Vila de São Francisco do Sul até a Ilha de Santa Catarina, mais especificamente em Enseada de Brito. 
Cita que saíram de São Francisco do do Sul até a Ilha de Santa Catarina, provavelmente a sua família juntamente com a de seu concunhado Manuel Manso Avelar, onde em geral essas pequenas empreitadas de colonização eram feitas em grupo familiar, com seus parentes, agregados e escravos, para afastar o perigo, como ataque de índios hostis ou animais selvagens.
Salvador de Souza e Manuel Manso Avelar tinham uma família organizada, sabiam ler e escrever e dispunham de recursos. Sendo Salvador de Souza vindo com o posto de Capitão-Mor das Ordenanças e Manuel Manso Avelar como Sargento-Mor, títulos que foram concedidos pelo Capitão-General da Vila de São Paulo, como estímulo à tarefa de colonização da fronteira sul da América portuguesa. 


Nas páginas 105 e 106, abaixo,  podemos ver um fato interessante, envolvendo o Capitão de Salvador de Souza Brito.
Onde, no dia 30 de março do ano de 1712 fundeou a expedição do militar francês Amédée François Freizer. Com a indicação de dois capitães franceses que um ano antes haviam fundeado suas embarcações e tinham um sinal combinado com o Capitão Salvador de Sousa Brito, que era o morador daquela costa, onde o sinal era para indicar se as embarcações vinham em paz à Ilha de Santa Catarina. 
Deveriam erguer uma bandeira branca, abaixo, uma bandeira inglesa e dar dois tiros de canhão. Mas o código não funcionou, deram apenas um tiro de canhão e todos os moradores fugiram de suas casas escondendo-se nos matos e não apareceu ninguém para receber aqueles viajantes. Manoel Manso de Avelar enviou uma canoa com três homens para pedir que não invadissem suas casas, porque sabendo que eram franceses, todos os moradores refugiaram-se nas encostas dos morros. Este relato revela o papel que Salvador de Sousa Brito e Manuel Manso Avelar ocupavam no povoado, eles eram os líderes. 
Na página 137 verificamos o parentesco de Salvador de Souza Brito (meu antepassado) e Manuel Manso Avelar (antepassado do meu esposo), que eram concunhados.


Continua na página 158 fala das relações familiares entre o grupo:
Abaixo, página 90.

Referência:
As dinâmicas político-territoriais de uma comunidade periférica no sul da América Portuguesa : a ilha de Santa Catarina e seu continente, 1680-1750 - págs 81,  - Vitor Hugo Bastos Cardoso-  Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2013.
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123096?show=full









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